Tecnologias do INPE contribuem para o desenvolvimento sustentável
No Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) reafirma que a continuidade e o avanço de suas atividades são essenciais para melhorar a gestão do território brasileiro e contribuir para o desenvolvimento sustentável da Terra.
O estudo e o monitoramento da expansão da agricultura e das cidades, desastres naturais e desmatamentos estão entre as principais aplicações derivadas da tecnologia espacial em benefício do meio ambiente. O INPE é reconhecido pela excelência na vigilância por satélites de florestas, realização de previsões numéricas de tempo e clima, além de gerar estudos e dados para subsidiar políticas públicas voltadas à mitigação dos impactos das mudanças ambientais globais.
O INPE recebe, processa, distribui e usa dados espaciais para o desenvolvimento sustentável. Principalmente no Brasil, um país de proporções continentais, o sensoriamento remoto por satélites é utilizado em áreas importantes e prioritárias ligadas ao levantamento de recursos naturais e ao monitoramento do meio ambiente.
Ainda este ano será lançado o CBERS-4A, sexto satélite realizado em parceria com a China, que garantirá a continuidade no fornecimento de imagens para várias aplicações ambientais.
Governo, cientistas e empresas cada vez mais usam o sensoriamento remoto, tecnologia em que o Brasil é um dos pioneiros no mundo, por meio da atuação do INPE. O lançamento do primeiro satélite para observação da Terra, o norte-americano Landsat-1, em 1972, proporcionou um salto nos estudos sobre meio ambiente.
O Brasil foi o terceiro país a utilizar satélites para o sensoriamento remoto da Terra, logo após Estados Unidos e Canadá, ainda em 1973, quando a estação de recepção do INPE passou a processar os dados do Landsat-1. Desde então, o INPE aprimorou a distribuição de imagens e seus estudos ambientais e hoje trabalha para lançar em 2020 seu próprio satélite de observação da Terra, totalmente nacional, o Amazonia-1.
O sistema PRODES do INPE fornece uma série histórica anual e ininterrupta do corte raso (áreas totalmente desmatadas) na Amazônia desde 1988, permitindo análises comparativas. Além disso, o INPE mantém desde 2004 o DETER, um sistema de apoio à fiscalização que produz diariamente alertas sobre corte raso e também de áreas em processo de degradação florestal (exploração de madeira, mineração, queimadas e outras). Esses alertas são enviados automaticamente ao Ibama, para o planejamento das ações de fiscalização. As informações ficam ainda disponíveis na internet para as Secretarias Estaduais de Meio Ambiente, bem como para toda a sociedade.
Em 2018, o INPE expandiu o monitoramento para o Cerrado. Somados aos dados produzidos para a Amazônia, o Instituto garante uma base de informações sobre o desmatamento em áreas de vegetação natural de 73% do território brasileiro.
A série histórica de dados orbitais sobre desmatamento norteia vários estudos científicos e políticas públicas, produzindo informação para toda a sociedade interessada em sustentabilidade. O INPE também monitora queimadas e a qualidade do ar, entre outros índices importantes na área de clima e meio ambiente.
Os modelos numéricos desenvolvidos no INPE são essenciais nos estudos de fenômenos extremos e projeções de mudanças climáticas. Todo o conhecimento científico sobre o sistema terrestre se traduz em informações para formulação de políticas públicas e apoio nas negociações internacionais sobre as mudanças climáticas globais.
Como instituição pública de pesquisa, o INPE acompanha as inovações científicas e tecnológicas na área de observação da terra por satélites, para a constante melhoria de seus sistemas de monitoramento. A transparência e a consistência da metodologia do INPE são reconhecidas internacionalmente.
Mais informações:
Previsão de Tempo e Clima: www.cptec.inpe.br
Observação da Terra: www.obt.inpe.br
Ciência do Sistema Terrestre: www.ccst.inpe.br
Desmatamento: http://terrabrasilis.dpi.inpe.br/
Queimadas: www.inpe.br/queimadas
Satélites: www.inpe.br/amazonia-1 e www.cbers.inpe.br
Imagem do satélite sino-brasileiro CBERS-4A de parte do reservatório de Sobradinho, no Rio São Francisco, Remanso/BA
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