Ir direto para menu de acessibilidade.
Portal do Governo Brasileiro
Home > noticias > Trabalho desenvolvido por doutoranda da PGCST da DIIAV-INPE possibilitará o levantamento de dados e histórias das pessoas afetadas na tragédia da Região Serrana do RJ – Plataforma “Sobrevidas”
Notícia

Trabalho desenvolvido por doutoranda da PGCST da DIIAV-INPE possibilitará o levantamento de dados e histórias das pessoas afetadas na tragédia da Região Serrana do RJ – Plataforma “Sobrevidas”

Com o objetivo de reunir histórias de vida e sobrevivência, relatos de pessoas diante das adversidades de catástrofes, foi criado o Sobrevidas, uma plataforma online que permite coletar dados, relatos, histórias contadas diretamente por sobreviventes do mega desastre ocorrido em janeiro de 2011 na Região Serrana do Rio de Janeiro.

A plataforma digital, denominada “Sobrevidas”, faz parte da pesquisa intitulada “Desastres brasileiros por meio das lentes de gênero: Sobrevidas e vozes femininas”, projeto de pós-graduação da doutoranda da Pós Graduação em Ciência do Sistema Terrestre e Pesquisadora da DIIAV/CGCT do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Gabriela Couto.

Por meio da plataforma “Sobrevidas”, as informações compartilhadas pelas pessoas que se encontravam na Região Serrana fluminense (na época da tragédia ocorrida nos dias 11 e 12 de janeiro de 2011) terão suas identidades mantidas em sigilo e anonimizadas. Os dados coletados serão subsídio para geração de conhecimento em busca de reconhecer os impactos e capacidades diferenciais para enfrentar e se recuperar de situações de desastres.

” ‘Sobrevidas’ é um espaço digital de valorização da vida. Um espaço em que é possível que cada pessoa que queira possa compartilhar sua história – contando, escrevendo, enviando fotos – do dia em que foi desafiada a enfrentar um desastre”, explica a pesquisadora Gabriela Couto. “A pesquisa trabalha com as hipóteses de que os desastres são gênero sensíveis e as mulheres tendem a ser mais afetadas que os homens e ainda, que o trabalho em conjunto e o ativismo das vítimas femininas são importantes habilidades para a resposta e recuperação a desastres”

FICHA TÉCNICA DO PROJETO

Conteúdo textual da pesquisa_ Gabriela Couto

Design do site sobrevidas_ Maurício Trentin | IN/FLUX

Programação da plataforma Sobrevidas_ Maurício Trentin | IN/FLUX

Colaborações no conteúdo do site_ilustrações, animações, imagens, vídeos, texto: Maurício Trentin, Carla Prieto, Luis Sérgio Eleutério, Márcio Magalhães, Juliana Farinace, Rogério Oliveira, Fernando Peu, Khauê Queirós e João Corbisier

Apoios: Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais – CEMADEN, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE

Memória da tragédia da Região Serrana do RJ completa 10 anos

O megadesastre ocorrido nos dias 11 e 12 de janeiro de 2011, que impactou sete municípios da Região Serrana do estado do Rio de Janeiro, culminou em  905 mortes, 300 desaparecidos e mais de 300 mil afetados. As cidades de Petrópolis, Nova Friburgo e Teresópolis foram as mais atingidas pelas intensas chuvas, que causaram deslizamentos de terra, enxurradas e inundações. Toda a região ficou isolada por vários dias. Os impactos culminaram ainda em destruição de moradias, impediram o acesso às estradas, problemas no fornecimento de água e de energia, além de significativos impactos sociais e econômicos. Com relação às perdas e danos, em 2012 o Banco Mundial estimou que os custos totais foram da ordem de R$ 4,78 bilhões.

A catástrofe da Região Serrana do RJ mobilizou uma série de políticas públicas, incluindo o lançamento do Plano Nacional de Gestão de Risco e Respostas a Desastres em 2012. Entre as ações empreendidas, inclui-se a criação do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), no dia 1º de julho de 2011.

“Com o Sobrevidas viabiliza-se a criação de um espaço de escuta e de diálogo nesse momento de memória dos 10 anos da catástrofe ocorrida na Região Serrana do RJ: quem são, quando foi, onde moravam, como foram afetados e sobreviveram, quem auxiliou no momento do desastre… e quais os principais desafios que encontraram no pós-desastre e ao longo desse 10 anos” , destaca a criadora da plataforma, pesquisadora Gabriela Couto.

Para mais informações sobre a plataforma Sobrevidas, acesse o site: sobrevidas.com.br,  ou entrar em contato pelo e-mail sobrevidas.web@gmail.com. Participe com seu relato https://www.sobrevidas.com.br/participe.html

Foto da Capa: Chuva desvastou diversos bairros e distritos de Nova Friburgo — Foto: Marino Azevedo/ Governo do estado RJ