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INPE auxilia no mapeamento do desastre em Brumadinho

São José dos Campos-SP, 05 de fevereiro de 2019

As imagens de satélites e sistemas de geoprocessamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) ajudam a dimensionar a tragédia causada pelo colapso da barragem em Brumadinho (MG). Cenas do satélite sino-brasileiro CBERS-4 foram obtidas em caráter emergencial já no dia seguinte ao desastre. O INPE também forneceu imagens de agências espaciais de outros países ao Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD).

“O CBERS-4 nos garante a possibilidade de obter imagens coloridas em alta resolução (5 metros) de qualquer local do Brasil a cada três dias, intervalo oferecido pela maioria dos satélites do mundo. Para imagens diárias ou frequência superior a três dias é necessário um conjunto de satélites”, explica Laércio Namikawa, da Coordenação de Observação da Terra do INPE.

O apoio do INPE permitiu a produção dos primeiros mapas usados para orientar a busca por vítimas em Brumadinho (confira aqui). Adicionalmente, a trajetória da lama foi calculada com base nas imagens de satélites aplicadas ao HAND, um modelo digital desenvolvido pelo INPE para mapear áreas de risco e de vulnerabilidade a desastres.

O INPE é membro do International Charter Space and Major Disasters – um consórcio de agências espaciais de vários países que fornece, sem custos, imagens de satélite em situações de emergência causadas por desastres em todo o mundo. Para atuar no Brasil, o consórcio deve ser acionado a pedido do CENAD.

“No caso de Brumadinho, o CENAD considerou ter quantidade suficiente e o chamado para aquisição de imagens via Charter já foi encerrado. Mas temos condições de oferecer imagens CBERS se houver demanda”, informa Namikawa.

O pesquisador do INPE destaca ainda que os dados do satélite sino-brasileiro estão à disposição para suporte a qualquer tipo de desastre no Brasil. “O Charter não atende secas, por exemplo, e a estiagem no Nordeste estava afetando o abastecimento de uma cidade. Este é um tipo de situação que mapeamos com nossos satélites”.

Fonte: http://www.inpe.br/noticias/noticia.php?Cod_Noticia=5013