Estudo utiliza sensoriamento remoto para analisar a perda de vegetação natural no Mosaico do Jalapão.

Artigo publicado na revista Environmental Monitoring and Assessment da Springer com a participação de pesquisadores e colaboradores da Divisão de Impactos, Adaptação e Vulnerabilidades DIIAV da Ciências da Terra do INPE, utilizada aplicação de sensoriamento remoto para analisar a perda de vegetação natural no Mosaico do Jalapão antes e depois da criação de área protegida (1970-2018)

Resumo: Considerando a importância da região do MATOPIBA no contexto da discussão nacional para lidar com a produção agrícola e a conservação ambiental, este trabalho se concentrou em dois objetivos centrais: primeiro, identificar e compreender os principais fatores de mudança de uso da terra para as UCs do Jalapão com base em mapas de uso e mudança de cobertura da terra para o período entre 1970 e 2018 e, em segundo lugar, avaliar a influência da criação de UCs na contenção do desmatamento e controle de incêndios e na preservação de remanescentes florestais. Para isso foram utilizadas imagens de satélite Landsat 1-MSS, Landsat 5-TM, e Landsat 8-OLI e técnicas de processamento de imagem como Modelo Linear de Mistura Espectral.

Os resultados demonstraram que 26% (≅8.410 km²) da área foi queimada e 15,5% (4.971 km²) antropizada em pelo menos um dos períodos analisados. Entre as UCs, a Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins (Proteção Integral) apresentou a maior área queimada (43,7%≅3.095 km²); no entanto, não houve aumento significativo do número de áreas antropizadas devido ao fogo. Já nas áreas de proteção de uso sustentável do Rio Preto e Serra da Tabatinga o aumento das áreas antropizadas foi de 27,5% e 75%, respectivamente, devido à expansão agropecuária. Ao analisar os dois grupos de UCs e seu entorno, observou-se que a perda de vegetação natural foi contida e os incêndios foram menos intensos nas Unidades de Proteção Integral; nas Unidades de Uso Sustentável, houve aumento significativo das áreas antropizadas.

Além disso, mais de 70% das áreas antropizadas ocorreram no entorno, mostrando a importância da criação de UCs. Esses resultados devem contribuir significativamente  à gestão territorial e à conservação ambiental do país. 

Artigo completo no link: https://rdcu.be/cHmCc

Figura da Capa: Áreas antropizadas-A-e-freqüência-de-áreas antropizadas-B-entre 1970 e 2018.jpg