Institucional
Caracterização
O desenvolvimento econômico verificado, principalmente, nos últimos 200 anos, trouxe prosperidade e bem-estar para os seres humanos. A conquista desses benefícios está fortemente ligada à exploração de recursos naturais, como energia, terra e água para produção agrícola, recursos hídricos, entre outros. Porém, o uso predatório desses recursos naturais e dos serviços vitais dos ecossistemas pode estar colocando em risco a manutenção dessa qualidade de vida para as gerações futuras.
Ainda não existe um adequado entendimento sobre as consequências dessa forma de exploração dos recursos naturais a longo prazo. Assim, o Centro de Ciência do Sistema Terrestre do INPE, hoje DIIAV (Divisão de Impactos, Adapatação e Vulnerabilidade), desenvolve pesquisas que auxiliam na busca de soluções cientificamente embasadas, que permitam à sociedade brasileira caminhar em direção a um desenvolvimento sustentável, seguro e socialmente justo. É preciso minimizar os impactos negativos da ação antrópica nos sistemas naturais vitais para a sustentabilidade ambiental e para o bem-estar humano, no que se refere ao acesso à alimentação, recursos hídricos, energia e saúde. A DIIAV segue e participa da definição de novos paradigmas científicos, os quais vêm sendo apresentados pela comunidade internacional, em particular no escopo do Future Earth (www.futureearth.org), que defende a pesquisa realizada com foco em soluções de problemas atuais, por meio de subsídios às políticas públicas.
Nesse contexto, a DIIAV tem como objetivo, a formulação de cenários para um desenvolvimento nacional sustentável, fortemente embasados em redes de monitoramento de dados ambientais e modelagem do Sistema Terrestre, integrando e ampliando as competências da divisão, conforme ilustra a Figura abaixo.
No panorama técnico-científico, o Brasil conta com várias instituições governamentais que atuam na esfera ambiental e socioeconômica com foco bem definido (disciplinar). É o caso da ANA (Agência Nacional de Águas), no que se refere aos recursos hídricos; da Embrapa, no que se refere à questão agrícola; do IPEA, no que se refere aos estudos econômicos; do INPA, no que se refere à Amazônia, dentre outros. No caso da DIIAV/CGCT-INPE, o foco da pesquisa é a interação entre as várias disciplinas (multi e transdisciplinar) e setores, com vistas à solução de problemas decorrentes das mudanças ambientais globais (incluindo-se aqui as mudanças climáticas). O desenvolvimento sustentável visa conciliar o bom funcionamento das esferas econômica, social e ambiental. A DIIAV engloba competências nessas áreas e o desenvolvimento sustentável faz parte da missão da divisão.
Assim, propomos para o período a organização da divisão em três componentes (Figura ), integrando as várias áreas de pesquisa do Centro – desde os estudos de clima até os estudos socioeconômicos, combinando métodos qualitativos, quantitativos e observacionais – na busca de respostas e de propostas para os grandes problemas da atualidade, como: manter a segurança hídrica, segurança alimentar e segurança energética e, ao mesmo tempo, melhorar o bem-estar humano. Esses componentes terão objetivos e metas específicas, porém complementares, com atividades que serão integradas através de projetos transversais.
Organização da DIIAV em componentes integradas através de projetos transversais, visando à construção de cenários de sustentabilidade para o Brasil
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