CCST é escolhido coordenador nacional do SISMOI
por Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CCST) | Inpe
Entre os dias 02 e 06 de abril aconteceu o Design Sprint do SISMOI (Sistema Brasileiro de Monitoramento e Observação dos Impactos das Mudanças Climáticas), no Distrito Federal, com o intuito de entender, desenhar, decidir, prototipar e testar/validar o Sistema de Monitoramento – metodologia característica do Design Sprint criado pelo Google Venture, a fim de acelerar ideias em estágio de desenvolvimento. Participaram do encontro representantes da EMBRAPA, CEMADEN, INSA, UFAL, WWF, MCTIC, ANA, MMA, entre outras instituições. O Centro de Ciência do Sistema Terrestre foi representado por Jean Ometto, Lincoln Alves e Pedro Andrade.
A escolha do CCST para coordenar o projeto foi feita de forma natural, uma vez que a missão e os princípios do Centro estão atrelados com a geração e disseminação do conhecimento científico no tema das mudanças climáticas, mitigação e sustentabilidade, possibilitando melhores políticas públicas e melhores condições de vida para a sociedade. “A missão do CCST e suas temáticas de pesquisa são de grande aderência à proposta da plataforma, o que faz do Centro o ambiente natural à função que desempenhará”, diz Jean Ometto.
Fomentado pelo MCTIC, com coordenação do CCST e realizado em parceria com a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), o SISMOI já vinha sendo pensado anteriormente, porém agora toma formas mais concretas de realização. O Design Sprint teve como objetivo final apresentar o Minimum Viable Product (MVP), o que ajudou os participantes a entenderem como o software deve funcionar de maneira mais eficiente, de forma a atingir todos os públicos que farão uso da plataforma.
Em um primeiro momento, haverá um protótipo do SISMOI, “com o foco em água, energia e alimentos e recorte espacial na região do semiárido”, esclarece Pedro Andrade. Até o final do ano, espera-se que o projeto seja de fato implementado, com o lançamento da primeira versão.
“A principal motivação do SISMOI vem da constatação de que as informações relativas aos impactos das mudanças climáticas no Brasil estão dispersas em diferentes instituições, o que dificulta muito o acesso a estas informações”, explica Pedro. Portanto, trata-se de uma plataforma digital que irá compilar tais dados, buscando uma linguagem acessível aos que estão fora do meio científico, principalmente os tomadores de decisão. “Uma vez consolidado, os tomadores de decisão poderão utilizar a plataforma como um instrumento de gestão para identificar a vulnerabilidade e os riscos das áreas em relação à mudança do clima e, desta forma, adotar medidas e políticas de adaptação proativas”, complementa Lincoln Alves.
Estar à frente de um projeto assim é importante para o CCST, pois é uma oportunidade de mostrar a todos o que é feito no Centro. “Acredito que, ao coordenar esta iniciativa, o CCST aumentará a sua visibilidade nacionalmente, consolidando-se como referência na temática de estudos de impactos das mudanças climáticas”, afirma Pedro. “Outro ponto relevante refere-se ao universo de aplicações e utilização do Sistema, o que contribuirá para o contínuo trabalho de aproximação do CCST da sociedade”, ressalta Jean. “O SISMOI se constituirá em um catalizador de ações de pesquisa. As pesquisas desenvolvidas no Centro podem, certamente, se beneficiar da base de dados da plataforma, das estratégias para seu desenvolvimento e operação, assim como contribuir para as análises integradas dos dados, que demandarão conhecimento e abordagem interdisciplinar”, finaliza.
(Foto da chamada cedida por Lincoln Alves)
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