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Artigo sobre múltiplas projeções de modelos climáticos regionais para avaliar o desempenho térmico de edifícios no Brasil, é publicado por pesquisadores da DIIAV

Título do Trabalho: Múltiplas projeções de modelos climáticos regionais para avaliar o desempenho térmico de edifícios no Brasil: entendendo as incertezas (versão original, “Multiple regional climate model projections to assess building thermal performance in Brazil: Understanding the uncertainty”).

Autores: Matheus K. Bracht, Marcelo S. Olinger, Amanda F. Krelling, André R. Gonçalves, Ana Paula Melo, Roberto Lamberts.

Publicado no Journal of Building Engineering.

Link de acesso ao artigo: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2352710224008167

Resumo:

Compreender as tendências e incertezas nos indicadores de desempenho da Simulação Energética de Edifícios (BES) sob condições climáticas futuras é crucial para mitigar problemas como o sobreaquecimento e os cortes de energia. Para resolver isso, foram gerados um conjunto de arquivos meteorológicos para todas as 27 capitais de Estados do Brasil, considerando seis projeções de modelos climáticos, sendo três Modelos de Circulação Geral como modelos direcionadores e dois Modelos Climáticos Regionais aninhados, em dois cenários de emissões distintos (RCP8.5 e RCP2.6) do Projeto CORDEX. Este projeto visa fornecer projeções de clima futuro em alta resolução (grades de aproximadamente 20 km) para diversos continentes.

Foram analisados a sensibilidade das variáveis climáticas de temperatura, umidade, vento, irradiação solar e pressão atmosférica e posteriormente realizado o BES em uma unidade representativa de habitação social brasileira para avaliar seu impacto nos resultados dos indicadores de desempenho, especificamente a demandada em graus-hora de resfriamento. Consistente com estudos anteriores, foi observado um aumento substancial nas demandas relacionadas ao resfriamento no cenário mais pessimista (RCP8.5) e aumentos leves no cenário mais otimista (RCP2.6), com tendência de estabilização após 2050. Em relação às incertezas, encontraram-se valores mais elevados de Desvio Padrão Relativo (RSD) para o indicador graus-hora de resfriamento, indicando maiores incertezas. As capitais das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul apresentaram maior incerteza quanto aos indicadores de temperatura, enquanto os parâmetros de irradiação apresentaram maiores incertezas na região Nordeste. Para os resultados do BES, foram encontrados valores de RSD de até 19,9% para valores de carga de resfriamento. Idealmente, a utilização de um conjunto de dados meteorológicos desenvolvidos a partir de outros modelos atmosféricos ajudaria a avaliar as incertezas associadas nos indicadores de desempenho do edifício. De forma geral os resultados mostram a necessidade de se considerar a incerteza de diversos modelos atmosféricos globais e regionais durante simulações de conforto térmico futuro em edificações.

O Estudo traz melhores estimativas de conforto térmico em habitações e de demanda de eletricidade para ar condicionado no clima futuro.