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Artigo de pesquisadora do CCST-INPE avalia risco de desertificação no Brasil

AFoi publicada na revista Land Degradation e Development uma avaliação do risco de desertificação no Brasil, as tendências atuais e os cenários futuros. O trabalho tem como primeira autora a pesquisadora Rita Marcia Vieira, do CCST-INPE.

A desertificação é um dos principais problemas ambientais da atualidade, visto que a disponibilidade reduzida de serviços ecossistêmicos agrava a insegurança alimentar, a pobreza e afeta o bem-estar social.

A análise desse processo é complexa, pois o fenômeno ocorre em diferentes escalas temporais e espaciais e é afetado por diversos fatores, sendo o seu principal motor a remoção da cobertura vegetal natural.

Neste estudo, um modelo de mudança de uso e cobertura da terra foi calibrado e validado usando simulações de modelos climáticos, dados demográficos e mapas de suscetibilidade da terra para o período histórico de 2000-2010. Em seguida, a suscetibilidade à desertificação do nordeste do Brasil foi estimada pela integração de trajetórias de mudança de uso e cobertura da terra com três diferentes cenários de mudança climática em escala reduzida e projeção de crescimento populacional para o período de 2015-2025, 2025-2035 e 2035-2045 para os cenários de emissão RCP4.5 e RCP8.5 do IPCC.

Os resultados apontam que, entre 2010 e 2035-2040, as áreas sob suscetibilidade moderada diminuíram 10,34%, enquanto as áreas sob alta suscetibilidade aumentaram 12,28%, no caso do RCP4.5. Para o cenário RCP8.5, esses números são -16,85% para moderada suscetibilidade e +19,62% para suscetibilidade alta.

Dentre todos os indicadores incluídos na análise, a gestão do solo é o principal motor para aumentar a sensibilidade à desertificação, o que indica que as estratégias de mitigação e adaptação nesta área devem buscar políticas sustentáveis ​​de uso do solo.

Acesso ao artigo na revista link abaixo ou contacte o autor rita.marcia@inpe.br

https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/ldr.3681

Por: Giovana Colela (estagiária do CCST) e Ana Paula Soares (CCST/INPE)