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Artigo analisa espaço-temporalmente a dinâmica e cenários futuros da pressão antrópica sobre biomas brasileiros.

Estudo publicado na revista Ecological indicator, com a participação de pesquiadores e colaboradores do Divisão de Impactos, Adaptação e Vulnerabilidades (DIIAV) da Ciências da Terra do INPE, faz análise espaço-temporalmente a dinâmica e cenários futuros da pressão antrópica sobre biomas brasileiros.

As transformações antrópicas, intensificadas pelas mudanças no uso e cobertura da terra e pela industrialização, têm contribuído para o aumento da pressão antrópica sobre a biodiversidade. Esses distúrbios contribuem para fragmentar habitats em diferentes escalas e colocar espécies em risco, além de comprometer os principais ciclos biogeoquímicos.

Para entender melhor a dinâmica espaço-temporal da pressão antrópica nos biomas brasileiros, este estudo buscou desenvolver um índice composto para identificar e analisar o grau e a distribuição da pressão de base antropogênica sobre a biodiversidade, e identificar regiões internamente homogêneas e heterogêneas quanto à dinâmica dessa pressão em diferentes cenários. Para tanto, realizamos uma análise do impacto de fatores antropogênicos aos biomas brasileiros. Especificamente, analisamos cenários futuros envolvendo mudanças de uso e cobertura da terra em consonância com a estrutura global Vias Socioeconômicas Compartilhadas (SSPs) e Rotas de Concentração Representativa (RCPs), de acordo com as narrativas SSP1/RCP 1.9, SSP2/RCP 4.5 e SSP3 /RCP 7.0. Utilizamos análises de cluster e espacial para determinar a dinâmica espacial do índice e, consequentemente, as regiões mais suscetíveis à pressão antrópica.

Os resultados demonstram a intensificação da pressão sobre a biodiversidade em áreas que já sofreram um grau considerável de perturbações, especialmente os biomas Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica. Em todos os cenários, a região com maior índice de pressão média, ou seja, a Região 4, que possui índice de pressão médio de 0,57, corresponde a 30% do território brasileiro. Esse método possibilitou determinar o nível de pressão em cada região e, posteriormente, identificar as regiões mais afetadas pelas ações humanas, buscando orientar ações prioritárias e políticas locais. No entanto, deve-se notar que esta abordagem deve ser complementada com informações adicionais, como erosão do solo, reconhecimento de campo e informações socioeconômicas.

O Artigo completo pode ser acessado no link: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1470160X22002205

Imagem da Capa: Imagem da Capa: Distribuição espaço-temporal do Índice de Pressão Antropogênica em Biomas (APIB) para o Brasil.