História
O Laboratório de Gases de Efeito Estufa teve início em 2003, quando foi construída uma réplica do sistema de análises GEE (Gases de Efeito Estufa) da NOAA/ESRL/GMD (National Oceanic and Atmospheric Administration/Earth System Research Laboratories/Global Monitoring Division) para quantificação dos gases CO2 (dióxido de carbono), CH4 (metano), N2O (óxido nitroso), SF6 (hexafluoreto de enxofre), além do CO (monóxido de carbono). A primeira instalação ocorreu em 2004, no IPEN (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares), onde permaneceu até 2015, quando o laboratório foi transferido para o INPE/CCST (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais/Centro de Ciência do Sistema Terrestre). Este laboratório visa estudar os Balanços de Gases de Efeito Estufa na Amazônia, determinar as concentrações destes gases na Costa Brasileira, além das emissões de metano no Pantanal, uma importante área de inundação no Brasil.
As coletas com perfis verticais de avião começaram no ano 2000 em SAN (2.86S 54.95W, Santarém, no Estado do Pará) e a princípio as análises eram realizadas no laboratório da NOAA/ESRL/GMD. A partir de 2004, com a instalação do laboratório no Brasil, as análises começaram a serem realizadas no IPEN, Brasil. Os perfis verticais são realizados com um avião de pequeno porte de forma descendente entre 4.4km até 300m de altura. De 2005 a 2007, realizou-se outra medidas com perfis verticais em MAN, Estado do Amazonas (2.60S, 60.21W, Manaus). Entre outubro de 2006 à janeiro de 2010, realizou-se um programa de intercomparação entre os laboratórios do IPEN e da NOAA/ESRL/GMD, na Estação de Arembepe, Bahia, Brasil com amostras semanais na costa nordeste brasileira. Desde 2010 tiveram início coletas com perfis verticais em mais três localidades na Amazônia: TAB (5.96S 70.06W, Tabatinga, Amazonas), RBA (9.38S 67.62W, Rio Branco, Acre) e ALF (8.80S 56.75W, Alta Floresta, Mato Grosso); além de mais duas estações de coleta na costa brasileira: em NAT (5.50S 35.25W, Natal) e SAL (0.61S 47.37W, Salinopolis). A partir de 2013, às coletas realizadas em TAB foram substituídas por perfis verticais realizados em TEF (3.39S 65.58W, Tefé, Amazonas). Essas quatro regiões com coletas de perfis verticais de avião estão distribuídas de forma a representar as regiões nordeste (SAN), sudeste (ALF), noroeste (TAB_TEF) e sudoeste (RBA) da Amazônia. Em 2014 mais uma área de coleta na costa foi iniciada, em CAM (2.87S, 41.87W, Camocin, Estado do Ceará).
Um projeto integrando perfis verticais até 7.2km de altura e medidas de Satélite GOSAT realizou comparações em dois tipos de ecossistema: floresta (área RBA) e costa SAH (Salinópolis High Profiles), de 2013 a 2015.
Até abril de 2015, no IPEN, foram realizados 430 perfis verticais nessas sete áreas. Por razões de mudança do LaGEE para o INPE/CCST, os perfis verticais recomeçaram e até hoje realizou-se 50 perfis, em 2016 campos aéreos RBA e ALF ocorreram e 3 áreas de costa (SAL, CAM e NAT) continuam a ocorrer.
Em 2016 novas medidas usando FTIR (nova área TCCON) começaram a serem feitas com uma parceria do BIRA-IASB/IFRO e INPE. O instrumento está instalado no campus da IFRO em Porto Velho, Rondônia (8.74S, 63.87W).
Em 2017 retornou-se a áreas da Amazônia (RBA, ALF, TEF e SAN) e adicionou-se medidas especiais na costa em uma torre de 100m em Itarema, estado do Ceará com mensurações semanais de frascos de amostras.
O Laboratório opera segundo as recomendações técnicas da GAW/WMO (Global Atmospheric Watch/ World Meteorological Organization), com medidas de alta precisão de gases de efeito estufa.