INPE visita Cantagalo por ser o único município do Interior do Estado a Possuir Sensor de Descargas Elétricas e Disponibiliza Aplicativo gratuito de Informações sobre Previsão do Tempo
por Bruno Palma | Assessoria de Comunicação – Prefeitura de Cantagalo (RJ)
A Secretaria Municipal de Defesa Civil de Cantagalo recebeu na manhã da última sexta feira (19) a visita da equipe de técnicos do ELAT-INPE (Grupo de Eletricidade atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), composta pelo Doutor em Ciência do Sistema Terrestre, tecnologista Sênior e Engenheiro Dr. Flávio de Carvalho Magina, Antonio Carlos Barbosa e Luis Henrique Alonso. A visita teve por objetivo realizar a manutenção no Sensor de descargas Elétricas, localizado no Município de Cantagalo, sendo a única cidade do interior do Estado a possuir o equipamento. Outro equipamento do tipo só é encontrado na capital. O sensor tem uma abrangência aproximada de 480km, captando em tempo real a formação de tempestades com descargas elétricas.
Além da manutenção, foi disponibilizado um aplicativo para acompanhamento em tempo real, onde o usuário, além de obter informações sobre as descargas elétricas, ainda pode acompanhar as previsões do tempo, velocidade e direção dos ventos e a qualidade do ar. Esse aplicativo atende não só a população do município, como toda população do Estado. Basta baixar o aplicativo WeatherBug na Apple Store(IOS) ou na Play Store(Android), disponível também para PC (https://www.weatherbug.com).
“Estamos fazendo uma manutenção geral, temos 60 sensores no Brasil. Sendo no Estado do Rio, um localizado na capital e outro em Cantagalo.” – Destacou o Engenheiro Dr. Flávio De Carvalho Magina.
Raio ou descarga elétrica atmosférica (DEA) é uma descarga elétrica de grande intensidade que ocorre na atmosfera, entre regiões eletricamente carregadas, e pode dar-se tanto no interior de uma nuvem (intranuvem) como entre nuvens (internuvens) ou entre uma nuvem e a terra (nuvem-solo). O raio vem sempre acompanhado do relâmpago (emissão intensa de radiação eletromagnética, a qual possui componentes na faixa visível do espectro) e do trovão (som estrondoso), além de outros fenômenos associados. Embora as descargas intranuvem e internuvens sejam mais frequentes, descargas nuvem-solo são de maior interesse prático para os seres humanos. A maior parte dos raios ocorre na zona tropical do planeta e principalmente sobre as terras emersas, associados a fenômenos convectivos dos quais, quando é intensa a atividade elétrica, resultam as trovoadas.
Em razão da grande intensidade de tensões e correntes elétricas associadas, raios sempre são perigosos. Assim, edificações em geral, bem como os sistemas de transmissão de energia, necessitam de sistemas de proteção, que incluem os para-raios. Todavia, mesmo com as proteções (que nem sempre são projetadas ou construídas corretamente), os raios ainda causam mortes e ferimentos por todo o mundo. Como fenômenos de alta energia, os raios manifestam-se usualmente como um trajeto extremamente luminoso que percorre longas distâncias, às vezes com ramificações.
Saiba como se proteger dos raios.
O Brasil, por ser o maior país da região tropical do planeta, é o campeão mundial na incidência de raios, com 50 milhões de casos por ano, de acordo com o Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). De cada 50 mortes por raios em todo o globo, uma acontece em território nacional. Esta época do ano, de calor e tempo úmido, facilita a formação dos raios, descargas elétricas de grande intensidade formadas nas nuvens. A cada verão, cerca de 100 pessoas morrem atingidas por raios no país, de acordo com estimativas do Inpe.
Locais abertos como praias, estacionamentos, campos de futebol ou quadras esportivas costumam ser regiões especialmente propícias aos raios, por não apresentarem obstáculos entre as nuvens carregadas e o solo. “Em regiões planas e descobertas, o raio se conecta ao ponto mais alto da superfície, que pode ser um guarda-sol ou uma pessoa, por isso, a primeira atitude a tomar é, assim que escutar trovões, procurar abrigo, de preferência uma edificação com estrutura sólida que barre a descarga elétrica.”
O raio tem uma energia que chega a 30.000 ampères, cerca de 1.000 vezes a intensidade de um chuveiro elétrico e o suficiente para iluminar uma casa durante um mês. Quando ele chega ao solo, espalha-se pela superfície e atinge quem está próximo.
É raro que alguém seja diretamente atingido por um raio. Normalmente, recebemos a carga do solo ou de objetos como árvores ou veículos, que saltam para nós. A melhor dica é fugir dos raios, escondendo-se em construções. Se, depois de cerca de meia hora, a chuva continuar sem trovões, é possível voltar para os espaços abertos. Mas é sempre bom identificar algum local seguro e sólido para se proteger no caso de os raios voltarem.
Veja abaixo como se proteger dos raios:
Fuja de locais amplos e abertos
Evite ficar próximo a árvores e guarda-sóis
Afaste-se de objetos que conduzem eletricidade
Não ande de motos ou bicicletas
Saia de abrigos abertos
Saia da água
Procure construções ou túneis
Entre no carro
Fique abaixado
“Defesa Civil, um dever de todos”
(Foto da chamada: Reprodução/Prefeitura de Cantagalo)
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