Ir direto para menu de acessibilidade.
Portal do Governo Brasileiro
Home > noticias > Artigo publico, por Pesquisador da DIIAV/CGCT e colaboradores, mostra o quanto os dados de degradação florestal são importantes para as emissões de carbono na Amazônia.
Notícia

Artigo publico, por Pesquisador da DIIAV/CGCT e colaboradores, mostra o quanto os dados de degradação florestal são importantes para as emissões de carbono na Amazônia.

Foto da capa: Floresta Amazônica (google)

Este estudo apresenta uma partição detalhada das perdas e ganhos de carbono acima do solo na floresta amazônica, iluminando o papel crítico da degradação florestal no balanço de carbono regional. Usando varredura a laser aerotransportada de alta resolução, quantificamos os impactos das atividades humanas e distúrbios naturais na perda de carbono. A degradação florestal por meio da exploração madeireira e das queimadas impactou diretamente 3,5% da área pesquisada, superando a área de floresta desmatada (0,7%). Nossos resultados indicam que o Arco do Desmatamento Brasileiro experimentou uma perda líquida anual de carbono de -90,5 ± 16,6 Tg C y−1 entre 2016 e 2018, destacando ainda mais a importância da degradação florestal para o balanço de carbono desta região crítica do sistema terrestre.

Resumo: A floresta amazônica contém estoques de carbono globalmente importantes, mas nos últimos anos, medições atmosféricas sugerem que ela vem liberando mais carbono do que absorveu por causa do desmatamento e da degradação florestal. Atribuir com precisão as fontes de perda de carbono à degradação florestal e distúrbios naturais continua sendo um desafio devido à dificuldade de classificar distúrbios e estimar simultaneamente as mudanças de carbono. Usamos uma pesquisa de varredura a laser aerotransportada única, aleatória, repetida e de altíssima resolução para fornecer uma partição direta, detalhada e de alta resolução dos ganhos e perdas de carbono acima do solo no Arco do Desmatamento Brasileiro. Nossa análise revelou que os distúrbios diretamente atribuídos à atividade humana impactaram 4,2% da área de pesquisa, enquanto os ventos e outros distúrbios afetaram 2,7% e 14,7%, respectivamente. Extrapolando as estatísticas baseadas em lidar para a área de estudo (544.300 km2), observamos que 24,1, 24,2 e 14,5 Tg C y−1 foram perdidos por meio de limpeza, incêndios e extração de madeira, respectivamente. As perdas devido a grandes ventos (21,5 Tg C y−1) e outras perturbações (50,3 Tg C y−1) foram parcialmente contrabalançadas pelo crescimento da floresta (44,1 Tg C y−1). Nossas estimativas de alta resolução demonstraram uma perda maior de carbono por degradação florestal do que por desmatamento e uma perda líquida de carbono de 90,5 ± 16,6 Tg C y−1 para a região de estudo atribuível a processos antropogênicos e naturais. Este estudo destaca o papel da degradação florestal no balanço de carbono para esta região crítica do sistema terrestre.

Vejam mais detalhes no artigo no link A large net carbon loss attributed to anthropogenic and natural disturbances in the Amazon Arc of Deforestation | PNAS

Figura 1 do artigo: Perda de altura do dossel calculada a partir de séries temporais lidar e a classificação (limpeza, fogo, exploração madeireira e arremesso de vento) com base em células de 50 × 50 m. As duas primeiras colunas mostram a altura do dossel da primeira (t1) e segundo (t2) Campanhas aéreas LiDAR. A terceira coluna exibe a perda de altura do dossel no período entre as duas aquisições. A quarta coluna mostra as células identificadas como um dos quatro eventos de perturbação e a intensidade da perda de altura relativa.