Artigo publicado na Nature, por pesquisadores do CCST/INPE, explica mecanismos responsáveis pela ocorrência dos raios ascendentes.
O artigo “On the triggering mechanisms of upward lightning”, de autoria de Carina Schumann e Marcelo Saba (pesquisador do CCST), publicado na revista Nature Scientific Reports, descreve pela primeira vez quais são os mecanismos responsáveis pela ocorrência dos raios ascendentes (“para cima”).
O estudo é baseado na observação de 110 raios feita com câmeras de alta velocidade (10 a 35 mil imagens por segundo) em Dakota do Sul, EUA e em São Paulo, Brasil, de 2011 a 2016.
O trabalho explica que, tanto no Brasil quanto nos EUA, um raio ascendente se inicia a partir de torres altas quando um raio descendente (“para baixo”) ocorre por “perto” (até 60 km de distância da torre).
No entanto, não é qualquer raio para baixo que ocasiona um raio para cima. São os raios descendentes positivos, aqueles que deixam um saldo de carga positiva no solo, que frequentemente iniciam raios ascendentes.
Estes raios descendentes positivos costumam ocorrer no final da tempestade. Logo após o contato da descarga com o solo eles costumam apresentar uma corrente de longa duração e baixa intensidade.
Essa corrente produz uma perturbação forte e rápida na sua distribuição de cargas na nuvem de tempestade. É essa perturbação que normalmente gera condições para a iniciação do raio ascendente.
Veja o artigo completo:
https://www.nature.com/articles/s41598-019-46122-x
Foto: imagem de um raio ascendente – (Marcelo Saba)
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